Redes Sócio-Técnicas e Agricultura Sertaneja: Novos enfoques em Programa de ATER

DOCUMENTO PRESENTADO PARA: “CONCURSO RIDELC”

PREPARADA POR:
Carlos Alberto Dayrell
Solange Monteiro de Souza

Montes Claros / MG – BRASIL

ANTECEDENTES
Nos meados da década de 1980, em meio à efervescência de movimentos sociais e uma marcante intervenção do Estado na agricultura brasileira, surge no Norte de Minas Gerais o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – CAA/NM – como um espaço de reposicionamento socioeconômico e cultural de grupos de agricultores e agricultoras do sertão norte mineiro. Suas estratégias metodológicas vêm se pautando em ações que possam promover sinergias positivas em torno da produção agroecológica, do agroextrativismo, do beneficiamento e comercialização, buscando respeitar e valorizar o conhecimento das populações tradicionais e estimular o debate permanente a partir do diálogo e aprendizado em meio aos agricultores e agricultoras. Sua atuação é orientada em busca da visibilização, valorização, autonomia e fortalecimento das iniciativas dos grupos, com a constituição de vínculos solidários entre os agricultores e na dinamização de redes sócio-técnicas para o desenvolvimento e acompanhamento da produção agroecológica.

Nesta perspectiva, o processo de criação da Cooperativa Agroextrativista Grande Sertão, a partir de 2003, e a assessoria para a sua consolidação vêm constituindo-se como um instrumento fundamental para a materialização destes propósitos e das estratégias de acompanhamento sócio-técnico centradas na relação “Agricultor & Agricultor”, via grupos de agricultores e agricultoras inseridos em redes e em distintas dinâmicas territoriais.

A sistematização que apresentamos refere-se a uma das iniciativas que vem sendo construída pela entidade em seus vinte anos de trajetória no Norte de Minas. A partir de 2004 a entidade foi contemplada com um programa de financiamento do Governo Federal inserindo-se na recém elaborada Política Nacional de ATER que tem a agroecologia e a utilização de metodologias participativas como eixos orientadores de ação para uma nova e universal ATER. No entanto, sabemos dos grandes desafios para que os diferentes agentes de ATER pública incorporem efetivamente estas novas orientações em suas ações cotidianas.

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