Manifestación de la RII ante acontecimientos policiales que afectan a Universidades Brasileñas

La Red Iberoamericana de Investigadores sobre Globalización y Territorio (RII), que congrega a investigadores de universidades y centros de investigación de países de América y de la Península Ibérica, con gran presencia de investigadores brasileños, manifiesta su indignación por la violencia en el uso de conductas coercitivas de gestores de la Universidad Federal de Minas Gerais, determinada por las autoridades brasileñas, en una operación que adelanta probables desvíos en la construcción del Memorial de la Amnistía.

Se empleó, indebidamente, una “conducta coercitiva” de servidores, y que,  según el propio Código de Procesos Penales Brasileño, sólo puede ser aplicada si la persona citada se rehúsa a comparecer a un interrogatorio, o que, de acuerdo con los relatos oficiales de la UFMG, no fue lo que ocurrió.

Las universidades constituyen espacios para la generación de conocimientos plurales y democráticos, por lo tanto, de pensamiento crítico, y no pueden convivir con actitudes que puedan ser usadas para cercenar la libertad de acción.

De esta manera, la RII se solidariza con las manifestaciones de los dirigentes, investigadores, estudiantes y servidores universitarios que identifican en las acciones coercitivas y en otros casos recientemente ocurridos en universidades brasileñas, fuertes señales de recrudecimiento de políticas antidemocráticas en Brasil, que ponen en riesgo el Estado Democrático de Derecho.

En esta oportunidad los investigadores ibero-americanos se sienten también afectados por tales medidas y se manifiestan em contra de cualquier acto que impida la libertad del ejercicio de las actividades académicas, y el ejercicio pleno de las funciones de los investigadores y de la difusión científica de sus resultados a la sociedad internacional.

México, 9 de diciembre de 2017.

MANIFESTAÇÃO DA RII ANTES DOS EVENTOS POLICIAIS QUE AFETAM UNIVERSIDADES BRASILEIRAS

A Rede Iberoamericana de Investigadores – RII, que congrega pesquisadores de universidades e centros de pesquisa dos países da América e da Península Ibérica, com grande presença de pesquisadores brasileiros, vem manifestar a sua indignação com a violência no uso da condução coercitiva de gestores da Universidade Federal de Minas Gerais, determinada por autoridades brasileiras, em uma operação que apura possíveis desvios na construção do Memorial da Anistia.

Empregou-se, indevidamente, a “condução coercitiva” de servidores, o que, segundo o próprio Código de Processo Penal Brasileiro, só pode ser aplicada se a pessoa citada se recusar a atender a intimação ao interrogatorio, o que, de acordo com os relatos oficiais da UFMG, não foi o que ocorreu.

As universidades constituem locais de geração de conhecimentos plurais e democráticos, portanto de pensamento crítico e não podem conviver com atitudes que possam ser utilizadas para cercear a liberdade de ação.

Dessa maneira a RII se solidariza com as manifestações dos dirigentes, pesquisadores, estudantes e servidores que identificaram nas ações coercitivas e em outros casos recentes ocorridos em universidades brasileiras, fortes sinais de recrudescimento de políticas antidemocráticas no Brasil, e pondo em risco o Estado Democrático de Direito.

Nesta oportunidade os pesquisadores ibero-americanos sentem-se também afetados por tais medidas e continuarão a se manifestar contra quaisquer atos que impeçam as livres atividades acadêmicas, o amplo exercício da função dos pesquisadores e a difusão científica dos seus resultados à sociedade internacional.

México, 9 de dezembro de 2017.

DECLARATION OF RII ON THE POLICING EVENTS THAT AFFECT BRAZILIAN UNIVERSITIES 

The Ibero-American Network of Researchers on Globalization and Territory [Red Iberoamericana de Investigadores sobre Globalización y Territorio, RII], which comprises researches from universities and research centers in the Americas and the Iberian Peninsula —with a noticeable presence of Brazilian researchers— expresses its outrage by the violent events and the use of coercive measures against managers of the Federal University of Minas Gerais (UFMG) by Brazilian authorities, in an operation that evinces probable deviations in the construction of the Memorial of Amnesty.

We consider that the “coercive measures” were improperly used, since according to the very Brazilian Code for Penal Processes, these can only be resorted to if the scheduled person refuses to attend an interrogation; which —according to official accounts of UFMG— did not occur.

Universities are spaces for the production of plural and democratic knowledge, therefore, critical thinking; they cannot concur with attitudes that may be used for restraining freedom of action.

For all the above, RII solidarizes with the leaders, researchers, students and university staff who identify in the coercive measures and other cases, recently occurred in Brazilian universities, marked traits of the hardening of antidemocratic policies in Brazil, which put the Democratic Rule of Law at risk.

We the Ibero-American researchers gathered in this organization feel affected by such measures and manifest against any act that hinders the freedom of academic activities and the full exercise of the researchers’ functions and the scientific dissemination of our investigation results among the international community.

Mexico, December 12th, 2017.

Comité Científico y Coordinadores de Grupos Temáticos de la RII:

Comitê Científico e Coordenadores de Grupos Temáticos da RII:

Scientific Committee and Coordinators of Thematic Groups of RII

  • Carlos A. de Mattos (Chile). Presidente.
  • Alicia Inés Castagna (Argentina).
  • Carlos Alberto Abalerón (Argentina).
  • Carlos Brandao (Brasil).
  • Carmen Imelda González Gómez (México).
  • Clélio Campolina Diniz (Brasil).
  • Danilo Veiga (Uruguay).
  • Darío Restrepo Botero (Colombia).
  • Edgard Porto Ramos (Brasil).
  • Inmaculada Caravaca Barroso (España).
  • María Elina Gudiño (Argentina).
  • María Encarnacao Beltrao Sposito (Brasil).
  • María Lidia Woelflin (Argentina).
  • Ricardo Méndez del Valle (España).
  • Rosa Moura (Brasil).
  • Rosario Rogel Salazar (México)
  • Ryszard Rózga Lúter (México).
  • Silvia Gorenstein (Argentina).
  • Sergio González López (México). Coordinador General.

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